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A Química das Abelhas

As abelhas possuem um sistema de comunicação altamente sofisticado e preciso entre os animais, empregando sinais mecânicos, como danças, além de sinais sonoros e químicos. As interações químicas ocorrem por meio da produção de feromônios, substâncias liberadas por várias glândulas e detectadas pelos receptores olfativos localizados nas antenas. Nesse blog, veremos um pouco como ocorre a comunicação entre os indivíduos desse grupo.

Qual a importância dos feromônios?

A importância dos feromônios para os insetos é fundamental para garantir o sucesso de várias atividades essenciais à sobrevivência da espécie, como a localização de parceiros para reprodução, a identificação de membros da mesma colônia ou espécie, a busca por alimento e a defesa do território. Eles desempenham um papel crucial na comunicação intraespecífica, facilitando interações sociais complexas e coordenando comportamentos coletivos, como a formação de enxames e a organização das colônias. Os feromônios também são utilizados pelos insetos para evitar predadores e competidores, garantindo uma vantagem adaptativa em seu ambiente. Em suma, os feromônios são uma ferramenta essencial para os insetos na comunicação e na regulação de uma variedade de comportamentos vitais para a sua sobrevivência e reprodução.

 

 

Tipos de feromônios das abelhas e suas estruturas químicas

  • Quando ameaçadas, as abelhas emitem um feromônio no ar como um sinal de alerta para as outras abelhas fugirem. Um exemplo é o feromônio de alarme da Apis melífera, composto por ésteres, conforme descrito por Fogaça (2014).

  • Além disso, as abelhas também utilizam feromônios específicos para indicar a localização de água ou o trajeto para encontrar o néctar das flores e retornar à colmeia sem se perder. Isso é crucial, já que as abelhas têm uma visão limitada a curtas distâncias. Em dias de chuva e vento, muitas abelhas podem morrer, pois esses feromônios são substâncias químicas voláteis, altamente diluídas, o que pode resultar na dispersão da trilha.

 

Estrutura química do feromônio da trilha das abelhas

Estrutura do feromônio da trilha das abelhas

E a geleia real?

A geleia real é um produto natural produzido pelas abelhas jovens para alimentar a rainha. É rica em proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas, hormônios, enzimas, minerais e fatores vitais específicos, desempenhando um papel importante na fisiologia do corpo. Não há conhecimento na biologia e medicina de outra substância com efeitos semelhantes em crescimento, longevidade e reprodução das espécies.

Além disso, a geleia real tem propriedades preventivas contra o envelhecimento prematuro e é eficaz no tratamento da anemia, possivelmente devido ao aumento de hemácias (glóbulos vermelhos). Sua composição permite uma ação biocatalisadora nos processos de regeneração celular no corpo humano.

Veneno produzido pelas abelhas

 

 

A apitoxina é o veneno produzido pela espécie de abelha Apis mellifera, injetado pelas operárias nos inimigos, que vão desde outros artrópodes a vertebrados, com o objetivo de defesa.

É basicamente composta por enzimas, proteínas, além de pequenas quantidades de carboidratos e lipídeos. Entre os componentes da apitoxina está a melitina, uma proteína de elevada ação anti-inflamatória e principal substância do veneno usada em cosméticos como cremes faciais. A toxina possui um grande potencial como medicamento e pode ser empregada em uma variedade de tratamentos, incluindo anti-inflamatórios, analgésicos, antitumorais, cicatrizantes e neuroprotetores. Por essa razão, sua extração é vantajosa para os pequenos produtores.

A apamina, principal componente do veneno, tem ação tóxica, pois promove o bloqueio de canais de Ca2+ e K+ presentes no sistema nervoso central, muscular e cardiovascular. 

 

Embora o veneno das abelhas possa ser uma fonte adicional de renda significativa para os apicultores, sua comercialização é desafiadora. Ao contrário de outros produtos das abelhas, como o mel, a apitoxina precisa ser vendida em farmácias de manipulação e indústrias químicas devido à sua natureza tóxica.

Fontes

  • SEBRAE. Apitoxina: o veneno da abelha como fonte de renda na apicultura. Disponível em: <https://polosebrae*agro.sebrae.com.br/apitoxina-o-veneno-da-abelha-como-fonte-de-renda-na-apicultura/>.

  • HTTPS://WEB.FACEBOOK.COM/MEL.COM.BR. Geleia real – O que é? Saiba como ela é produzida. Disponível em: <https://mel.com.br/geleia-real/>

  • OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas. [s.l: s.n.]. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unioeste_qui_pdp_fabio_antonio_welter.pdf>.

Escrito por Júlya Eduarda