A embalagem é uma das principais responsáveis pela proteção do produto. Desde a produção até o consumo efetivo, a embalagem irá proteger e conservar o produto, evitando a contaminação por micro-organismos, insetos, entre outros, mantendo sua integridade.
As propriedades das embalagens têm como objetivo manter a segurança do consumidor, mas não é a única função dela. Uma embalagem atraente poderá interferir diretamente na escolha de determinado produto no momento da compra.
Um estudo realizado pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) indica que 75% das empresas que investiram em design de embalagens registraram aumentos em suas vendas, sendo que 41% também conseguiram reduzir os seus custos. A pesquisa mostrou ainda que entre produtos semelhantes, o consumidor acaba preferindo o que possui a embalagem mais atraente, bela e prática, estando inclusive disposto a experimentar uma marca nova.
Qual a importância de se escolher uma embalagem ideal?
É por meio da embalagem que o consumidor tem o primeiro contato com o produto. Por isso, ela precisa ser atrativa e ganhar a confiança dessas pessoas. Porém, muito mais do que uma estratégia de marketing e vendas, as embalagens garantem a segurança e a qualidade do produto, bem como a praticidade para quem o compra.
Assim, é preciso ter muita atenção na hora de escolher o material para embalagem porque, segundo João Pasa, ele influencia o tempo de vida útil (shelf-life) de um determinado produto, garantindo a manutenção de todas as suas características organolépticas.
Isso significa que uma boa embalagem mantém o produto isolado da umidade e do oxigênio, assegura sua crocância, maciez e evita o contato com qualquer outro agente que possa prejudicar as suas propriedades, reduzir essa vida útil e acarretar sua perda.
Quais fatores devem ser considerados ao escolher o tipo de embalagem ideal para seu produto?
Uma embalagem deve ser desenvolvida levando em conta diferentes fatores, do produto
em si, passando pela logística ao ponto de venda. Estas condições interferem
diretamente no processo produtivo e, portanto, no resultado do negócio como um todo.
Alguns fatores que devem ser considerados são:
Vida de prateleira: o formato e principalmente a matéria-prima da embalagem é que vai
garantir a durabilidade do produto. Especialmente quando se trabalha com alimentos,
essa decisão é fundamental para cumprir exigências da legislação e, mais além, para que
o produto se destaque pela qualidade. Embalagens com alta proteção de
barreira aumentam o tempo de comercialização e consumo do produto, reduzindo
perdas por deterioração.
Apresentação: a aparência da embalagem, determinada em boa medida pela
matéria-prima empregada e em outra medida pelo formato e design, é outro fator de
relevante impacto. A forma como o produto é apresentado – envolvido pela embalagem
– é determinante no contexto do ponto de venda. Inovar na apresentação e acompanhar
as mudanças no perfil do consumidor são importantes para se manter competitivo.
Distribuição: a embalagem interfere muito no processo logístico. Assim como para o cliente, ela deve ser de fácil manuseio dentro da cadeia de armazenamento e distribuição, em processos manuais e automatizados. A embalagem também deve ter resistência suficiente para suportar as operações de transferência, transporte e manuseamento, sem danificar o produto e sua qualidade.
Maquinabilidade: este fator diz respeito a facilidade ou dificuldade na utilização do
material. Uma embalagem com boa maquinabilidade, ou usinabilidade, tem relação
direta com a velocidade e assertividade no processo de empacotamento.
Lembre-se: o
desempenho da máquina empacotadora é afetado diretamente pela embalagem, que
deve ter as características adequadas e corretas para que se possa extrair melhores
resultados.
Custo e rendimento: a embalagem representa o segundo maior custo no processo de
produção, ficando atrás somente da matéria-prima. E menor custo não significa menor
preço. É preciso avaliar o processo todo e os resultados a partir da utilização de uma
embalagem com determinadas características.
O raciocínio é simples: quanto melhor a qualidade da embalagem, mais velocidade e assertividade no processo de empacotamento, resultando em menor custo.
Meio ambiente: a preservação dos recursos naturais e o cuidado com o meio ambiente
devem estar na pauta. Mas uma questão deve ser observada quando se trata da indústria
de alimentos: embalagens produzidas a partir da reciclagem devem ser abolidas, por
conta de graves riscos de contaminação. Isso vale inclusive para fardos. As embalagens
originais de alimentos podem ser transformadas em sacos de lixo, por exemplo.
Qualidade assegurada: as certificações para embalagens são uma realidade em alguns
países, garantindo a confiabilidade e segurança com maciços investimentos em
tecnologia. Algumas empresas contam inclusive com processos criteriosos através de
procedimentos próprios para controle de qualidade e seleção de fornecedores.
Facilidade de abertura: a funcionalidade é uma das principais características da
embalagem. Ela deve ser fácil de manusear, fácil de abrir e fechar. Na perspectiva do
consumidor, deve-se oferecer modelos que tornam o dia a dia mais prático, como os
sistemas de abre fácil. Já na perspectiva da indústria, o tipo da embalagem vai impactar
no processo de empacotamento. Por isso, verificar o tipo de cabeçote de solda utilizado
é importante.
Vantagens e desvantagens das embalagens mais utilizadas
Caixa de madeira: a caixa de madeira é um formato antigo de embalagem, ajudando a
transportar unidades. Sua aplicação é mais comum no setor agrário, como no
deslocamento de frutas, verduras e legumes.
A praticidade, entretanto, abre espaço para diversos pontos negativos. Esse tipo de
embalagem tem baixo potencial de proteção ao produto, que fica exposto à umidade e
proporciona pouco conforto ao consumidor de vido ao peso.
Papel / Papelão: embalagens de papel ou papelão são interessantes por serem recicláveis
e fáceis de usar. Outras vantagens são o peso e o custo de produção. São muito comuns
em diversos formatos, como caixas, sacolas, envelopes e fardos.
Por outro lado, a desvantagem é a baixa resistência à umidade. Além disso, a fragilidade
em relação ao peso dos produtos transforma o papel / papelão em um dos tipos de
embalagens inviáveis para diversos alimentos.
Vidro: as embalagens de vidro são ótimas para conservar os alimentos. Também agrada
ao consumidor a facilidade de observar as condições do alimento, já que é possível
enxergar através do envase.
Por outro lado, a principal desvantagem é a fragilidade do material, que pode se quebrar
durante o transporte. Além disso, o vidro é um dos materiais que mais demoram para se
decompor na natureza. É bastante usado para embalar produtos em conserva, doces,
pastas e nozes, por exemplo.
Lata / Alumínio: as latas e as embalagens de alumínio são ideais para produtos que
precisam de proteção contra luz, umidade e odores. Elas também facilitam a mudança
de temperatura, ajudando no resfriamento e conservação.
Embora seja reciclável, a maior desvantagem é que o alumínio possui um elemento
altamente poluente ao ambiente. A bauxita faz com que esse seja um dos tipos de
embalagem não recomendáveis para empresas sustentáveis. São comuns no
armazenamento de doces, bebidas, sardinhas, legumes e outros alimentos.
Laminados: embalagens laminadas também são dinâmicas, podendo armazenar desde
salgadinhos e amendoins a frios e carnes. Assim como o alumínio, protege os alimentos
das ações do ambiente, como a luz e a umidade.
Tetra Pak: as embalagens Tetra Pak misturam papel-cartão, alumínio e polietileno.
Muito utilizada em laticínios mistura as vantagens dos seus elementos: a suavidade do
papel para a criação de embalagens, a proteção do polietileno contra a umidade e a
proteção do alumínio contra a luz e o oxigênio, mantendo as propriedades do alimento.
Plástico: o plástico é um dos tipos de embalagem mais comuns, podendo vir em formato
de ensacados, pouches para molhos e refis, películas, garrafas, caixas etc. Essa
versatilidade, aliada ao baixo custo, permite que ele seja facilmente adaptado,
justificando a sua popularidade.
Assim como a vidro, no entanto, também demora a se decompor, mas leva menos
tempo. Empresas que precisam utilizar plásticos têm a opção de criar campanhas de
reciclagem.
Com o objetivo de te auxiliar a fazer a melhor escolha de embalagens é interessante
contar com uma consultoria. Caso tenha interesse de decidir uma nova embalagem para
seu produto não deixe de entrar em contato conosco!
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